O autodenominado Estado Islâmico poderá ter criado na cidade de Mossul a maior vala comum da história da guerra do Iraque. A denúncia é feita por uma reportagem da cadeia televisiva britânica Sky News.
Na reportagem do jornalista John Sparks, são várias as testemunhas que apontam a cratera que serviria como local de extracção de petróleo como uma vala comum utilizada pelo Estado Islâmico. Algumas testemunhas falam até em viaturas a serem lançadas para o interior.
O chefe de uma aldeia nas proximidades, Fawaz Abdelabbas, estima que cerca de “seis mil corpos” tenham sido atirados para a cratera. “Funcionários públicos, polícias, militares, médicos, cientistas [eram atirados]”, conta à cadeia televisiva britânica.
“Queremos exumar os corpos e começar o processo de identificação de acordo com os procedimentos internacionais”, revela Abdelabbas.
Acto terrorista, diz Amnistia
O director da Amnistia Internacional Portugal, Pedro Neto, classifica como “dramática” a revelação da reportagem da Sky News.
Em declarações à Renascença, o coordenador da Amnistia reforçou o apelo que a instituição faz para que “se responsabilizem as pessoas do Daesh [Estado Islâmico] que são responsáveis por isto”, mas insistiu também para a importância de não se fazerem generalizações
“As forças militares do Daesh são terroristas, mas não podemos tomar a parte pelo todo, correndo o risco de catalogar todas as pessoas como sendo terroristas”, reforçou o director da Amnistia Internacional.