O Ministério Público da Suécia não vai prosseguir com a investigação e eventual acusação formal a Julian Assange, fundador da WikiLeaks, por uma alegada violação ocorrida em 2010.
A decisão, dada a conhecer esta terça-feira, foi tomada após as provas terem sido reanalisadas e consideradas insuficientes, informou a procuradora Eva-Marie Persson, citada pela Reuters. A decisão pode, no entanto, ser alvo de recurso.
Os factos ocorreram em agosto de 2010, após uma conferência da WikiLeaks em Estocolmo. Uma sueca de cerca de 30 anos acusou Assange, atualmente com 48, de a ter forçado a ter sexo desprotegido, apesar de o ter recusado por várias vezes.
O fundador da WikiLeaks, que negou sempre as acusações, cumpre atualmente pena no Reino Unido, por ter violado a liberdade condicional a que estava sujeito no país, tendo vivido refugiado na embaixada do Equador em Londres durante quase sete anos. Foi expulso e detido pela política britânica a 11 de abril deste ano.
O australiano, que era então investigado na Suécia por essa suposta violação, procurava evitar a extradição para a Suécia por temer que dali seria posteriormente extraditado para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de espionagem e uma pena de prisão até 170 anos pela divulgação de documentos secretos do Governo dos EUA.
Assange foi condenado a 1 de maio deste ano a 50 semanas de prisão no Reino Unido. Se cumprir a pena na totalidade, deverá ser libertado em abril de 2020.