A ministra da Defesa enalteceu este domingo os mais de 7.000 migrantes resgatados pela Polícia Marítima em águas europeias desde 2014 e apontou a "visão" de uma "polícia de especialidade" agregada à Marinha.
Helena Carreiras esteve presente na cerimónia de celebração do 103.º aniversário da Polícia Marítima, em Setúbal, e referenciou os "números" desta força de segurança ao longo dos anos, nomeadamente na missão "Poseidon" da Agência Frontex, desde 2014, que permitiu o resgate de mais de 7.000 migrantes nas águas europeias, totalizando mais de 28.000 horas de navegação.
Já no decurso da operação "Themis", no Mediterrâneo e na qual a Polícia Marítima participa desde 2017, esta força de segurança totalizou mais de 3.000 horas de navegação e fez a vistoria a "quase 400 embarcações", de acordo com o discurso da governante a que a Lusa teve acesso.
"Estes compromissos profundos com a segurança europeia e com o resgate de vidas humanas no Mediterrâneo têm merecido, justamente, rasgados elogios, razão pela qual foram reafirmados novamente este ano", completou a ministra.
A titular da pasta da Defesa Nacional, que nesta legislatura sucedeu a João Gomes Cravinho, também enalteceu a visão do Governo socialista de uma "polícia de especialidade, unida, intrínseca e materialmente agregada à Marinha".
"É também uma visão de uma polícia direcionada para as atividades de vigilância, fiscalização e policiamento, cuja ação visa garantir o uso legal e sustentado do nosso mar, das zonas portuárias, costeiras e litorais, assim como das zonas fluviais sob sua jurisdição", acrescentou no decurso da cerimónia onde também esteve o Chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo.
Durante a cerimónia ficou também a promessa, nas palavras de Helena Carreiras, de um reforço de meios humanos e técnicos da Polícia Marítima.