O ministro da Educação quer reduzir a dimensão dos Quadros de Zona, regiões do país onde os professores podem ser colocados.
“Durante o tempo da troika, estes Quadros de Zona foram alargados para regiões muito, muito grandes, o que faz com que um professor vinculado num Quadro de Zona ainda assim tenha deslocações de 200 quilómetros”, afirmou nesta quarta-feira de manhã.
João Costa assume que quer reduzir a dimensão dos Quadros de Zona, assumindo que é “um primeiro passo na redução da ‘casa às costas’ dos professores”.
Convidado do programa As Três da Manhã, o ministro da Educação acredita que essa alteração permite “fixar professores de forma mais permanente em determinados territórios com uma razoabilidade maior em termos das deslocações que possam estar envolvidas”.
Segundo o ministro, esta alteração vai ser objeto de negociação com os sindicatos, ainda neste verão.
Grupo de trabalho vai rever formação de professores
O ministro da Educação anunciou na Renascença a constituição de um grupo de trabalho, coordenado pela professora Carlinda Leite, “para rever os modelos de formação inicial de docentes e poder trazer estagiários da formação para as escolas, com turma completa”.
Segundo o ministro, estão previstos três modelos de formação: “formação inicial, formação em exercício e formação para aquelas pessoas que querem voltar” ao sistema de ensino.
Com esta preocupação na agenda, na sexta-feira (dia 3), o ministro da Educação vai reunir-se com responsáveis de todas as instituições de ensino superior que formam professores.
Para colocar mais professores nas escolas, João Costa quer rever as habilitações para a docência “para alimentar o leque de candidatos que podem ser professores”.
Refeições escolares ficam mais caras
O Ministério da Educação está a negociar com as empresas fornecedoras de refeições escolares a atualização do valor da comparticipação.
Segundo o “Jornal de Notícias”, as empresas reclamam um aumento para os três euros, um valor que o ministro rejeita. João Costa reconhece que, “neste momento, nós sabemos que há a subida de alguns valores decorrentes da inflação, mas não são valores que passem para o dobro, ou seja, a inflação não está nos 100%”.
Questionado sobre o valor que está em cima da mesa, o ministro da Educação diz que não pode “antecipar, porque é um processo negocial que está em curso”.