Pelo menos 32 mineiros morreram e 14 continuam desaparecidos após um acidente numa mina administrada pela empresa ArcelorMittal, no centro do Cazaquistão, segundo um novo balanço divulgado este sábado pelas autoridades locais.
"Às 16:00, horário local (11:00 em Lisboa), 32 corpos já tinham sido encontrados na mina Kostenko e as operações de busca para encontrar 14 mineiros desaparecidos continuavam", anunciou o Ministério de Situações de Emergência cazaque num comunicado de imprensa.
O balanço anterior realizado hoje pelas autoridades locais indicava que 21 pessoas haviam morrido no acidente.
Os demais mineiros foram retirados da mina Kostenko, que se localiza perto de Karaganda, no centro do Cazaquistão. De acordo com as autoridades locais, havia 252 trabalhadores no local na hora do acidente.
Um incêndio deflagrou na mina de carvão no final da noite de sexta-feira, segundo dados preliminares, devido a uma explosão de metano, segundo a empresa ArcelorMittal Temirtau, a maior do Cazaquistão.
O Governo do Cazaquistão anunciou hoje que pretende "recuperar o controlo" da subsidiária local da ArcelorMittal, após um novo acidente numa mina de carvão da gigante no setor siderúrgico mundial.
"Estão em curso trabalhos para recuperar o controlo da empresa em benefício da República do Cazaquistão", afirmou o governo cazaque num comunicado na rede social Telegram, citado pela agência de notícia AFP.
A nota especificou que o Governo cazaque "não considera uma subsequente transferência da ArcelorMittal para outros investidores estrangeiros".
Imediatamente após o anúncio da tragédia, o Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, ordenou, num comunicado de imprensa, "terminar a cooperação" com o grupo. O líder cazaque deslocou-se ao local do acidente, segundo o gabinete presidencial.
A subsidiária cazaque da ArcelorMittal, uma das líderes mundiais nos setores siderúrgico e mineiro, é regularmente acusada pelas autoridades de não respeitar as normas de segurança e ambientais.