Os sindicatos da Administração Pública estão divididos quanto à possibilidade de se adotar a semana dos quatro dias no setor.
É a reação à entrevista da ministra da Presidência, esta segunda-feira, no jornal Público.
Mariana Vieira da Silva anunciou que está a ser desenvolvido um projeto-piloto que pretende testar a redução do número de dias de trabalho.
“Não nos opomos, mas, é curioso uma semana de quatro dias quando temos falta de trabalhadores em tantas instituições. Não sei bem como podemos encarar”, diz à Renascença a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
Contudo, “não conhecendo [o projeto-piloto do Governo] não sabemos bem o que está a ser pensado”, referiu a presidente do STE, evitando alongar-se em comentários.
Medida benéfica “a vários níveis”, defende Fesap
Leitura diferente faz a Federação dos Sindicatos da Administração Pública.
Para José Abraão, a possibilidade da redução da semana de trabalho para quatro dias na Administração Pública é vista “com bons olhos”.
O secretário-geral da Fesap vê, aliás, nesta possibilidade de adoção da semana dos quatro dias uma oportunidade para que o setor público sirva de “exemplo ao setor privado: podemos fazer o trabalho com ganhos de produtividade”.
“Potencia a parentalidade, o apoio à família, o ócio e vemos com bons olhos porque há um conjunto vasto de serviços cujo trabalho pode ser desenvolvido em quatro dias”, conclui José Abraão.