O Presidente da República quer retirar todos os sem-abrigo da rua até 2023, mas o Governo não se compromete com datas.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no final de uma reunião destinada a fazer um ponto de situação da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), com a ministra da Solidariedade, Ana Mendes Godinho; a secretária de Estado da Ação Social, Rita da Cunha Mendes, e representantes das organizações envolvidas.
“2023 corresponde ao fim da legislatura que agora começa. A ideia é tudo fazer para que quem quiser possa ter condições para sair da situação de sem-abrigo. É esse o compromisso social traduzido num empenhamento ao longo dos próximos quatro anos”, afirmou o Presidente da República, no final do encontro no Palácio de Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa apontou quatro áreas prioritárias de ação no plano de ajuda aos sem-abrigo: habitação, saúde, reinserção social e profissional.
Esta “tarefa comum” não é uma bandeira do Presidente da República, mas de toda a sociedade portuguesa.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu que este foi "um ano de transição entre dois planos de ação", para 2017-2018 e para 2019-2020, o que "tem sempre um custo no período de arranque".
"O grande desafio é, no ano de 2020, tomar aquilo que existe de meios, de recursos disponíveis, mais outros, de outras instituições, e atingir metas que permitam avançar para a meta de 2023", defendeu o chefe de Estado reiterando que até essa data Portugal deve resolver totalmente este problema.
A ministra da Solidariedade manifesta o empenho do Governo nesta para resolver o problema dos sem-abrigo, mas não se compromete com prazos.
“O nosso objetivo é um objetivo comum. Estamos todos a trabalhar com esta missão de retirar as pessoas da rua e encontrar soluções para as pessoas que estão em situação de sem-abrigo. É nesse sentido que o nosso compromisso é encontrar as melhoras formas de o fazer”, declarou Ana Mendes Godinho.