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O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho defende a necessidade de controlo de fronteiras por causa da imigração e admite a necessidade de “cedências”.
A ideia foi defendida numa ação de campanha para as eleições europeias, em Évora, com a cabeça de lista, Marta Temido, e o líder do PS, Pedro Nuno Santos.
“Boas políticas imigração, mas com controlo de fronteiras. Se nós quisermos boas políticas de imigração, mas sem controlo de fronteiras, as pessoas vão desconfiar e não vão sentir-se seguras”, declarou Carlos Zorrinho.
“Estas pequenas cedências, são cedências para a vitória maior. E eu acho que não é uma cedência. Eu nunca me convenci que a segurança é uma coisa de direita. Nós temos que conquistar a batalha da segurança para a esquerda”, sublinhou o eurodeputado que não integra a lista de candidatos às eleições de 9 de fevereiro.
Questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Carlos Zorrinho, o secretário-geral do PS não fala em cedências, mas em compromissos. Pedro Nuno Santos considera que as duas maiores famílias políticas da União Europeia, Socialistas e o PPE de centro-direita, têm avançado em consensos em matéria de imigração.
Perante sondagens que apontam para o crescimento da extrema-direita no Parlamento Europeu, o líder socialista, Pedro Nuno Santos, rejeita “pânico”, mas manifesta preocupação.
Pedro Nuno Santos acusa a direita de assimilar ideias da extrema-direita e considera que este é um tempo de combate pela democracia.
“Pânico não. É um facto que a extrema-direita - mas também a direita - está a avançar em toda a Europa. Em muitas matérias, a direita clássica aproxima-se e tem-se apropriado da agenda da extrema-direita. Este é um combate muito importante pela democracia e pela liberdade contra toda a direita. Obviamente, o avanço da extrema-direita preocupa-nos ainda mais”, disse aos jornalistas o secretário-geral do PS.