O número de mortos contabilizados na Faixa de Gaza ultrapassou este sábado os 28 mil, em consequência dos contínuos ataques israelitas contra este enclave palestiniano, anunciou o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita Hamas.
No total, precisou a instituição, 28.064 palestinianos foram mortos e 67.611 ficaram feridos depois de o exército israelita ter matado 117 pessoas nas últimas 24 horas.
O Ministério da Saúde acrescentou que, nas últimas horas, o exército israelita "perpetrou 16 massacres contra famílias na Faixa de Gaza", que também feriram outras 152 pessoas.
De acordo com a agência noticiosa palestiniana Wafa, 25 palestinianos foram mortos nos bombardeamentos israelitas em Rafah, no extremo sul da faixa de terra, até há pouco considerada o único refúgio para os civis, mas agora declarada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um alvo militar.
Cerca de 1,3 milhões de civis palestinianos encontram-se em Rafah, com enormes carências de bens de primeira necessidade devido ao bloqueio imposto por Israel.
O gabinete do primeiro-ministro israelita afirmou sexta-feira ser "impossível atingir o objetivo de guerra de eliminar o Hamas e deixar quatro batalhões em Rafah", apelando ao exército para evacuar a área.
Enquanto aguarda que a incursão terrestre se estenda até Rafah, Israel está a intensificar as suas operações militares em Khan Younis, um reduto do Hamas, no sul da Faixa de Gaza, onde está a conduzir uma ofensiva há mais de dois meses, agora concentrada na parte ocidental da cidade.
Nesse local, as forças israelitas mantêm os dois principais hospitais, Naser e Al Amal, sob cerco há 20 dias, tendo os soldados israelitas invadido o seu interior na sexta-feira.
"As forças de ocupação prenderam oito membros do pessoal da associação do Hospital Al Amal, incluindo quatro médicos, para além de quatro feridos e cinco acompanhantes de doentes, revelou o Crescente Vermelho palestiniano, que gere o centro médico.
Segundo aquela organização, os soldados israelitas invadiram o hospital durante cerca de dez horas, período durante o qual "revistaram o hospital, destruíram alguns dispositivos, equipamentos e mobiliário, detiveram funcionários, interrogaram-nos, espancaram-nos e insultaram-nos, e impediram os funcionários e acompanhantes de pacientes de beber água ou usar a casa de banho".