O principal fornecedor de gás natural da Galp Energia anunciou, esta segunda-feira, uma “redução substancial” na produção e fornecimento de gás.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa energética portuguesa diz que recebeu um “aviso de força maior” da Nigeria LNG, que justifica a redução no fornecimento com as cheias que estão a afetar aquele país africano, pondo em causa a exportação do produto.
“Nesta fase, nenhuma informação foi fornecida para apoiar uma avaliação dos impactos potenciais deste evento, que pode, no entanto, resultar em perturbações adicionais de abastecimento à Galp”, informa a petrolífera portuguesa em comunicado.
Na nota, a Galp “lamenta o impacto humanitário causado pelas inundações e vai continuar a monitorizar esta situação com cuidado, informando sobre qualquer desenvolvimento material”.
"Informação alarmista é desadequada", diz Ministério do Ambiente
Num esclarecimento enviado à Renascença, na noite desta segunda-feira, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática adiantou hoje que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria”.
"Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”, assegurou o gabinete de Duarte Cordeiro.
Na curta nota, de apenas três parágrafos, o Ministério do Ambiente considera, ainda, que "qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”.
Atualmente, a Nigéria é o maior fornecedor de gás natural de Portugal.
[notícia atualizada às 00h42 com os esclarecimentos do Ministério do Ambiente]