A Fundação AIS e os bispos de Espanha condenam o ataque contra igrejas em Espanha e manifestam a sua proximidade para com a Diocese de Cádis e Ceuta.
Perante o ataque, ocorrido no dia 25 de janeiro, que sobressaltou a comunidade cristã, o presidente executivo internacional da Fundação AIS, Thomas Heine-Geldern, defendeu a importância de se proteger o direito à liberdade religiosa.
“As instituições e a opinião pública não podem permanecer impassíveis, nem subestimar acontecimentos assim tão trágicos. Temos de nos perguntar se estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para impedir tudo o que alimenta este ódio”, afirmou Heine-Geldern.
Um ódio que, segundo o presidente da AIS tem feito “inúmeras vítimas em todo o mundo, em particular nos últimos anos especialmente na África subsariana”, mas também na Europa, onde estão a tornar-se cada vez mais frequentes.”
Também a Conferência Episcopal emitiu um comunicado em que manifesta a “proximidade, afeto e consolo da fé às famílias das vítimas, à diocese de Cádis e à sociedade” local.
Os bispos de Espanha expressaram ainda a “mais firme condenação a todas as formas de violência, que não podem ocorrer na sociedade em que vivemos”, pedindo “ao Deus de misericórdia e paz que encha de esperança os corações das vítimas e cure os feridos, acompanhe a Igreja e a sociedade na busca da paz e converta os corações dos violentos”.
Segundo a AIS, tratou-se do primeiro ataque mortal jihadista em Espanha provocando a morte ao sacristão da Igreja de Nossa Senhora da Palma, em Algeciras, tendo o padre Antonio Rodriguez Lucena, um salesiano de 74 anos de idade, que se encontrava na outra igreja, de Santo Isidro, ficado gravemente ferido, tendo sido encaminhado para uma unidade hospitalar local para uma cirurgia de emergência.
O autor do ataque, segundo as autoridades espanholas, foi um homem marroquino, entretanto detido pela polícia.
Munido de uma catana, Yasine Kanjaa, de 25 anos, atacou várias pessoas nas duas igrejas católicas no centro da cidade de Algeciras, situada na província de Cádis, na Andaluzia, muito perto de Gibraltar, na quarta-feira, 25 de janeiro.
Segundo descrição do Ministério espanhol do Interior, o atacante “entrou na igreja de Santo Isidro, por volta das 19h00 [18 horas, em Lisboa], e agrediu o padre, armado com uma catana, ferindo-o gravemente”.
Fontes de investigação e testemunhas citadas pela comunicação social espanhola, afirmam que o marroquino começou a discutir com paroquianos ali presentes, dizendo-lhes que deviam seguir o Islão e que “a vossa fé não é autêntica”. Em seguida, dirigiu-se à igreja de Nossa Senhora da Palma, onde destruiu algumas imagens sagradas e atacou o sacristão.
O sacristão “conseguiu ainda sair da igreja, mas foi apanhado no exterior pelo atacante, que lhe infligiu vários ferimentos mortais”, acrescentou o ministro do Interior.