O Benfica começa hoje aquela que poderá vir a tornar-se a derradeira fase de possível sucesso na temporada que está quase a chegar ao fim.
Joga a Liga Europa, já nos quartos-de-final, e na primeira mão dessa fase recebe os franceses do Marselha, o que envolve riscos indiscutíveis.
No oitavo lugar da liga francesa, onde somou até aqui dez vitórias, nove empates e nove derrotas, a seis jornadas do fim da prova, ainda pode vir a melhorar a sua posição na competição interna, embora isso não pareça muito provável.
Temos, portanto, uma posição muito anormal em relação ao seu histórico, do qual constam uma vitória na Liga dos Campeões, em 1993, outra na Taça Intertoto em 2005, juntando-se, a nível interno, nove vitórias no campeonato francês, a última das quais na temporada de 2009/2010.
Com um palmarés tão preenchido, pode afirmar-se, sem receio de desmentido, que o Marselha permanece como uma das colectividades mais prestigiadas da Europa, com uma massa de adeptos especial que, infelizmente, tem concorrido, com frequência, para a má imagem que construiu e mantém na actualidade.
Frente ao Benfica, o Marselha está, numa escala internacional, muitos furos abaixo do clube português, o que poderá no entanto não ser suficiente para, nesta fase da Liga Europa conseguir a qualificação para as meias-finais da segunda mais importante competição da Uefa.
E, jogar no estádio da Luz a primeira mão, poderá, logo à noite, representar um passo decisivo para uma equipa, a portuguesa, que este ano ainda não foi além de uma vitória na Supertaça, logo no começo da temporada.
Está no fio da navalha, com a necessidade que rectificar o que de menos bom tem feito até aqui.