O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) lamenta que Marta Temido não tenha apresentado propostas concretas para resolver a crise nas urgências e se tenha limitado a apresentar "intenções".
À Renascença, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, critica o anúncio da abertura de 1.600 vagas para colocação de médicos recém-especialistas, porque "são médicos que já estão no SNS".
"Já fazem cirurgias, já estão nas escalas, fazem parte do sistema. Portanto, é uma não proposta", aponta.
O representante do SIM diz ainda ter "a maior das dúvidas" sobre o anúncio da criação de uma comissão de acompanhamento para resolver a crise nas urgências, já que "o problema não é falta de estudos e documentação".
Jorge Roque da Cunha pede "prudência" antes de o Estado negociar com o setor privado, por se encontrar numa situação em que está muito condicionado.
O secretário-geral do SIM critica também a ministra da Saúde por ter sugerido contratar e formar médicos do estrangeiro.
"O SNS não é competitivo com a oferta lá fora. Acho extraordinário que a ministra diga que é possível contratar esses médicos. É uma resposta para ocultar uma incapacidade", afirma.
"Não se pode ter respostas políticas para problemas sérios. Tem de se ter soluções", conclui.