A Santa Sé publicou hoje o rito litúrgico de instituição dos catequistas, um novo ministério criado pelo Papa Francisco em maio deste ano.
Através da carta apostólica (Motu Proprio) ‘Antiquum ministerium’, publicada pelo Vaticano no dia 11 de maio, o Papa Francisco decidiu instituir o ministério de catequista, na Igreja Católica.
“Depois de ter ponderado todos os aspetos, em virtude da autoridade apostólica, instituo o ministério laical de catequista”, escreve Francisco.
A decisão diz respeito a homens e mulheres que não pertencem ao clero nem a institutos religiosos, reconhecendo de forma “estável” o serviço que prestam na transmissão da fé, “desempenhado de maneira laical como exige a própria natureza do ministério”.
Com a divulgação do ritual para a instituição do ministério de catequista, o prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos dirige uma carta aos presidentes das Conferência Episcopais onde lembra que é um ministério “destinado aos leigos” e um “serviço estável prestado à Igreja local”.
O arcebispo Arthur Roche refere depois que o ministério de catequista pode ter uma “grande variedade de formas”, enumerando duas “tipologias principais”: “catequistas com a tarefa específica da catequese, outros que participam nas várias formas de apostolado, como a guia da oração comunitária, assistências aos doentes, as celebrações de funerais, a formação de outros catequistas, a coordenação de iniciativas pastorais, ajuda aos pobres”.
O prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos sublinha que o ministério de catequista tem “um forte valor vocacional que requer o devido discernimento por parte do bispo”, acrescentando que não devem ser instituídos todos os que são chamados a ser catequistas.
A carta indica que candidatos ao diaconado e ao sacerdócio, religiosas e religiosos, professores do ensino religioso nas escolas e aqueles que têm um “serviço destinado exclusivamente aos membros de um movimento eclesial” não devem ser instituídos catequistas.
Mesmo que nem todos os catequistas sejam instituídos no novo ministério, a carta de D. Arthur Roche afirma que “é absolutamente conveniente” que todos eles recebam no início de cada ano catequético, um mandato eclesial público no qual lhes é confiada essa indispensável função”.
Neste documento, acrescenta-se que é tarefa das conferência episcopais “clarificar o perfil, o papel e as formas mais coerentes para o exercício do ministério dos catequistas no território da sua competência”.
A carta do prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos conclui afirmando que “o ministério do catequista é conferido pelo bispo diocesano, ou por um sacerdote nomeado por ele, mediante o rito litúrgico ‘De Institutione Catechistarum’”, hoje divulgado.