Alunos de Famalicão à guarda da escola. "Não faz sentido nenhum. Isto é bárbaro”
05-07-2022 - 10:06
 • Olímpia Mairos

O comentador espera que o “juiz tenha bom senso” e não transfira para a escola a guarda dos dois alunos de Famalicão que não frequentam as aulas de Cidadania. A acontecer, diz, “vamos pagar milhares ou milhões de euros no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem por estas brincadeiras”.

O comentador d’As Três da Manhã continua a olhar “com grande perplexidade” para o caso dos alunos de Famalicão.

“Por dois motivos: por aquilo que escola e Ministério da Educação têm feito aos alunos e pelo desconhecimento brutal da sociedade sobre os conteúdos desta disciplina”, explica.

Em causa estão dois alunos, irmãos, que frequentam o Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, em Famalicão, distrito de Braga, e cujos pais os impedem, desde o ano letivo 2018/2019, de frequentarem a disciplina Cidadania e Desenvolvimento.

“O problema é de passar de contrabando, numa cadeira destas, ou numa disciplina destas, que é importante e fundamental e que se compreende, passar de contrabando uma outra série de coisas que são dadas como adquiridos científicos quando nem sequer o são e enfiar isso pela goela dos miúdos”, assinala.

O Ministério Público quer que os dois alunos de Vila Nova de Famalicão proibidos pelos pais de frequentarem a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento sejam colocados à guarda da escola "durante o período escolar".

Segundo Henrique Monteiro, “os pais, como também dizem todas as leis, incluindo as internacionais, são os primeiros a ter o dever de educação dos filhos, porque senão a gente vivia naquele mundo estranho que defendem os comunistas antes do Lenine mesmo, que era que todas as crianças eram entregues ao Estado para serem homens novos e diferente no futuro”.

“Isto não faz sentido nenhum. Isto é bárbaro”, entende Henrique Monteiro, esperando que “o juiz tenha bom senso, porque isto é uma proposta do Ministério Público, porque se não houver nós vamos pagar milhares ou milhões de euros no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem por estas brincadeiras”.