A grande maioria dos jovens portugueses considera-se feliz, mas a perceção de infelicidade aumentou depois da pandemia, segundo novo estudo divulgado pela Direção-Geral da Saúde, conhecido esta quarta-feira.
Inquérito revela que 72,3% dos jovens dizem ser felizes, mas a infelicidade aumentou de 13,3%, em 2018, para 27,7%, este ano, segundo o trabalho da equipa Aventura Social, em parceria com a Direção-Geral da Saúde, a Direção-Geral das Estatísticas da Educação e Ciência, o Instituto de Saúde Ambiental da Universidade de Lisboa, a Universidade Lusíada de Lisboa e o Instituto Politécnico de Beja.
Cerca de 21% dos adolescentes em idade escolar sentem-se nervosos, 15,8% irritados ou de mau humor e 11,6% tristes quase todos os dias.
Grande parte dos jovens (71,9%) acredita que as vacinas protegem a Saúde. Já 18,8%, quase um quinto, refere ter uma doença prolongada, problemas de saúde ou alguma incapacidade diagnosticada por um médico - dos quais 54,5% indicam ter necessidade de medicação.
O estudo nota ainda que o excesso de peso nos adolescentes em idade escolar aumentou de 28,3% para 31,8%. No entanto, verifica-se um aumento da prática de atividade física, de 43,1%, em 2018, para 55,7%, no documento deste ano.
O trabalho divulgado pela DGS refere, por outro lado, que 84,8% dos alunos do 8.º e 10.º anos referem não terem tido relações sexuais. A primeira relação sexual aconteceu depois dos 14 anos para 71,1% dos jovens. Dois terços admitem ter usado preservativo na última relação que tiveram e 27,3% usaram pílula contracetiva.
Mais de 13% admitem ter tido relações sexuais associadas a drogas ou álcool. No entanto, os não fumadores aumentaram de 93,7% para 95,1%.
No que toca ao ensino, 69,7% dizem gostar da escola, mas 80% dos inquiridos consideram a matéria aborrecida ou difícil.