Com os protestos deste sábado cumpre-se a 16.ª semana consecutiva de manifestações contra uma reforma que os manifestantes dizem ser um ataque à democracia.
Para domingo está prevista uma grande manifestação em Telavive, durante um discurso que o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu irá proferir na assembleia-geral das Federações Judaicas da América do Norte.
De acordo com a agência France-Presse (AFP), na próxima quinta-feira deverá acontecer uma manifestação dos apoiantes da reforma governamental da justiça.
Os protestos de hoje antecedem uma semana em que Israel assinala o Dia da Memória, que lembra os soldados mortos e as vítimas de terrorismo, e os 75 anos da sua fundação.
Desde que o plano de reformas foi anunciado no início de janeiro, dezenas de milhares de israelitas têm protestado semanalmente contra as intenções do Governo formado em dezembro por Netanyahu para o sistema judicial do país.
A reforma judicial promovida pelo Governo de Netanyahu, o mais à direita da história de Israel, pretende conferir mais poder ao executivo em detrimento do poder judicial, uma decisão que os críticos consideram que põe em causa a democracia e independência desses poderes.
Embora Netanyahu tenha anunciado, recentemente, o adiamento dos processos legislativos para promover uma reforma acordada com a oposição nos próximos meses, os manifestantes mostraram a sua desconfiança quanto às reais intenções do primeiro-ministro e continuam a protestar semana após semana.