Em resposta ao Tribunal Constitucional (TC), que invalidou a convocatória da última convenção do Chega, o que retirou legitimidade à direção, o partido decidiu reunir de novo os militantes.
A Direção Nacional reuniu-se na terça-feira, de emergência, e "decidiu por unanimidade iniciar os procedimentos necessários para a realização do sexto congresso", anunciou esta quarta-feira André Ventura.
Em conferência de imprensa, na sede do partido, o líder do Chega acrescentou que se recandidata à presidência. "Não abandono o barco a meio da viagem e porque entendo que continuo a reunir as condições de confiança que os militantes me atribuíram, serei novamente candidato à presidência do Chega", declarou.
André Ventura desafia ainda os críticos, para que apresentem "alternativas".
O líder do Chega sublinha que este será o sexto congresso do partido em cinco anos, devido a decisões do Tribunal Constitucional. Deixou ainda duras críticas aos juízes do Palácio Ratton, que acusa de "má fé" e de serem uma "força de bloqueio". Refere também que o Chega está a ser alvo de "perseguição" e tentativa de "ilegalização na secretaria".
Segundo o líder do Chega, "nunca um partido político foi tão perseguido em tribunal desde o 25 de Abril", aponta ainda o dedo aos maiores partidos: "não podemos acreditar que juízes nomeados pelo PS e pelo PSD promovam uma asfixia permanente e uma ilegalização encapotada do seu oponente", acusou.
Reafirma a intenção de levar este caso ao Tribunal Europeu e às instâncias europeias.
Na Madeira, o Tribunal do Funchal "felizmente rejeitou" a "patética tentativa de ilegalizar o partido". No entanto, Ventura avisa que, se o partido não for às eleições, será um "ataque fulminante à democracia".
A Renascença tentou questionar o líder do Chega sobre a investigação do Ministério Público à publicação de notícias falsas, mas André Ventura recusou comentar.