Os sindicatos que representam os tripulantes de cabine da Ryanair em Espanha convocaram greves de segunda a quinta-feira durante cinco meses, entre 8 de agosto e 7 de janeiro.
A convocatória surge depois de paralisações semelhantes em junho e julho que, segundo os sindicatos, levaram ao cancelamento de mais de 300 voos da Ryanair com origem ou destino nos aeroportos espanhóis, além de atrasos em cerca de 2.500 ligações.
"Dado que a Ryanair não mostrou qualquer tentativa de aproximação aos sindicatos e, pelo contrário, manifestou publicamente a sua rejeição em estabelecer qualquer diálogo", os representantes dos tripulantes de cabine decidiram "continuar com a greve e convocar novas jornadas, ouvidos os trabalhadores", lê-se num comunicado divulgado hoje por duas forças sindicais.
As greves visam "obrigar a Ryanair a cumprir a lei espanhola", dizem os dois sindicatos, segundo os quais estão em causa direitos laborais associadas a atualizações salariais, férias, folgas e períodos de descanso.
Segundo os sindicatos, há salários que não atingem o salário mínimo espanhol e sublinham que isto mesmo foi confirmado por inspeções das autoridades do trabalho em bases da companhia aérea irlandesa em Espanha.
Os sindicatos garantem também que 11 trabalhadores da Ryanair foram já despedidos em Espanha "por exercerem o seu direito à greve" e que cerca de 100 são alvo de processos disciplinares por causa do protesto, o que a empresa nega.
Entre as reivindicações da nova convocatória está a readmissão dessas pessoas despedidas e a suspensão dos processos disciplinares.