A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) publicou uma mensagem por ocasião do próximo Dia da Mãe, recordando as mulheres vítimas de violência e todas as “dores” de quem cuida dos seus filhos.
O texto, enviado à agência Ecclesia, fala do “sofrimento das mães que sobrevivem a ciclones, das mães que são vítimas de violência, das mães que choram por filhos perdidos, das mães que correm e correm, para cuidar de filhos e netos”.
A Igreja Católica em Portugal saúda ainda todas as mães que “brincam felizes em parques tranquilos, que podem alimentar os seus filhos, dar os melhores cuidados aos que estão doentes e acompanhar o crescimento saudável dos seus netos”.
A mensagem destaca o que denomina como ‘martírio materno’ de tantas mães, “prontas aos maiores sacrifícios” pelos filhos, pela família, pelos outros, “dando a vida” e que, por vezes, não são “escutadas, compreendidas, amadas e apoiadas”.
“O Dia da Mãe também deve ser este incómodo, este pensar no que somos e fazemos, com a nossa vida de todos os dias”, acrescenta o texto, salientando que “não é possível celebrar” este ano “sem falar destas mulheres que carregam alegrias e dores, todos os dias”, que “passam fome, para dar de comer, que não dormem, para velar sonos inocentes”.
O organismo da Conferência Episcopal Portuguesa deixa uma palavra de solidariedade às mães afetadas pela passagem do ciclone Idai por Moçambique.
“Celebrar é sempre uma festa e, ainda bem que se fazem cartões especiais em escolas e colégios. Ainda bem que se escolhem presentes e se dão abraços e mimos. Mas tudo será mais e maior, se formos capazes de não virar as costas ao mundo, que não é o nosso mundo. O Dia da Mãe é tudo isto. E é Moçambique e a nossa rua”, pode ler-se.
O Dia da Mãe celebra-se atualmente, em Portugal, no primeiro domingo de maio.