O ministro da Defesa diz ser uma boa notícia o anúncio a presença do Presidente norte-americano na cimeira da NATO, em Maio.
“É um bom sinal e corresponde um pouco àquilo que tenho vindo a dizer de que é preciso algum cuidado na interpretação nos sinais dados pela actual administração norte-americana”, começa por dizer o ministro da Defesa, esta segunda-feira de manhã, na Renascença.
A Casa Branca anunciou, na madrugada desta segunda-feira, que Donald Trump vai participar no encontro de líderes da Aliança Atlântica em Bruxelas e que decisão foi tomada depois de um telefonema com o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.
Azeredo Lopes lembra que, depois de Donald Trump ter considerado a NATO obsoleta, “logo a seguir o secretário da Defesa veio afirmar o compromisso pleno e a 100% dos Estados Unidos” com a organização.
“A simples presença do Presidente norte-americano reforça o compromisso de um Estado – não de um Presidente – com uma organização que faz parte do nosso código genético do ponto de vista da defesa”, destaca ainda.
Convidado no programa Carla Rocha – Manhã da Renascença, o ministro da Defesa, que esta segunda-feira recebe os seus homólogos de Espanha, França e Itália (“Quarteto do Sul”) no Porto, considera que a Europa tem de conquistar mais autonomia.
“Hoje em dia, uma das questões principais que está na agenda europeia é a de uma capacitação que tem de ser feita ao nível da defesa e da segurança. Tem-se vindo a falar de conquistarmos uma autonomia estratégica. Eu entendo essa autonomia estratégica, essa forma de pensar, essa forma de agir concretamente para a defesa europeia como algo que pode e deve reforçar a NATO”, defende.
O futuro da NATO e as relações com os Estados Unidos são os temas-chave da reunião desta segunda-feira no Porto, no Palácio da Bolsa.