A Escola Artística António Arroio, em Lisboa, irá encerrar esta sexta-feira, devido à realização dos protestos contra as alterações climáticas.
O movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa!” tem estado desde segunda-feira em ações de protesto nalguns estabelecimentos de ensino. Esta quinta-feira, os manifestantes intensificaram o protesto na António Arroio, tendo dificultado o acesso ao interior da escola e impedido a realização de aulas.
Em declarações aos jornalistas, na manhã desta quinta-feira, o diretor da escola, Rui Madeira, esclarecia que "a escola está aberta", mas "sem atividades letivas", assegurando estar “a acompanhar o que os alunos pretendem" e referindo que é preciso "ter uma preocupação global daquilo que é o motivo da sua luta"
Ainda assim, o docente reconheceu que "os meios da luta e algumas coisas que possam acontecer menos adequadas, naquilo que é a vivência e convivência entre seres que têm opiniões e posições diferentes da vida que têm de ser respeitadas".
Questionado sobre se ia chamar a polícia, Rui Madeira identificou-se como sendo "uma autoridade", acrescentando que "as autoridades policiais não vão ser necessárias".
Segundo informações deste movimento, o protesto decorre, nesta altura, em seis escolas e universidades, com mais de 200 estudantes envolvidos.
Ainda de acordo com a mesma fonte, no Instituto Superior Técnico, os alunos estão concentrados no pavilhão de Engenharia Civil e terão recebido ordem de desmobilização até às 22h00 desta quinta-feira.
Contactada pela Renascença, a PSP adianta que não foram chamados ao local e que a situação está a ser gerida pela direção da escola.
Os manifestantes exigem o fim do fóssil até 2030 e pedem a demissão do ministro da Economia, António Costa e Silva.
As iniciativas de protesto acontecem na mesma altura da realização da Cimeira do Clima, COP 27, no Egito.
[Notícia atualizada às 17h00. Título e entrada alterados para mencionar o encerramento da Escola António Arroio na sexta-feira.]