As Forças Armadas de Israel divulgaram esta quarta-feira os planos para a construção do 31.º colonato na Cisjordânia, a primeira decisão deste tipo sob a égide do novo Governo.
A decisão, aprovada pela Administração Civil, foi a primeira do género desde que o Governo de Naftali Bennett iniciou funções, no início do mês, colocando um fim à 'era Netanyahu', entre 2009 e 2011, depois de quatro eleições legislativas sem conseguir formar Governo.
A coligação de Bennett é composta por oito partidos e que representam um alargado espetro político, desde as formações ultranacionalistas às mais liberais e ainda um pequeno partido islâmico.
O projeto agora aprovado inclui a construção de um centro comercial, uma escola para estudantes com carências especiais e vários projetos de infraestruturas nos colonatos existentes na Cisjordânia, adiantam vários órgãos de comunicação social israelitas.
Os territórios palestinianos são constituídos por duas zonas separadas geograficamente por Israel: a Cisjordânia - incluindo, teoricamente, Jerusalém Oriental - e a Faixa de Gaza, que deveriam formar um Estado palestiniano coexistindo com o Estado hebreu.
Situada a leste de Israel e a oeste da Jordânia, a Cisjordânia, com 5.655 quilómetros quadrados, está ocupada pelo exército israelita há mais de 50 anos.
A Autoridade Palestiniana exerce poderes limitados em cerca de 40% da Cisjordânia, principalmente os centros urbanos. Israel, que controla todos os acessos, administra 60% do território, além dos seus colonatos.
Patrulhada pelo exército israelita, a Cisjordânia está encerrada a oeste pela barreira de separação que Israel começou a construir em 2002 para impedir os ataques palestinianos.
Cerca de 475.000 israelitas vivem em colonatos considerados ilegais pela lei internacional na Cisjordânia, ao lado de 2,8 milhões de palestinianos.