A família de Nuno Santos, o trabalhador mortalmente atropelado na A6 pelo veículo em que circulava Eduardo Cabrita vai pedir uma indemnização de mais de um milhão de euros ao ministro.
A informação é avançada pela revista “Visão”, citando o advogado da família, José Joaquim Barros.
“Vou pedir em tribunal uma indemnização razoável, o que, num caso como este, tem de ser sempre superior a um milhão de euros”, diz o advogado àquela revista, recordando que Nuno Santos, de 41 anos, era a única fonte de rendimento para o agregado familiar de quatro pessoas, incluindo duas filhas menores.
Segundo o advogado, o ministro da Administração Interna é o principal responsável pelo acidente porque, apesar de não ir ao volante, nos termos da lei, a responsabilidade pelo risco é de quem tem a direção efetiva do veículo.
“Responsabilizo quem, nos termos da lei, é realmente o responsável. Em termos de responsabilidade pelo risco, a lei não responsabiliza exatamente o condutor, mas sim quem tem a direção efetiva do veículo. O que, neste caso, significa que é o chefe daquela comitiva, ou seja, o ministro Eduardo Cabrita.”
O acidente ocorreu em meados de junho deste ano e está ainda a ser investigado. A vítima era um trabalhador que estava ao serviço num troço da autoestrada que estava em obras.
As autoridades estão a tentar apurar a responsabilidade pelo acidente, sendo que não se sabe ainda a que velocidade circulava o carro que transportava Eduardo Cabrita.
O Ministério da Administração Interna já disse que havia falta de sinalização no local onde decorriam as obras e onde se deu o atropelamento.