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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, apelou nste domingo à mobilização para o voto nas eleições legislativas, assegurando que "é seguro" e que "estão criadas todas as condições" para se poder votar, apesar da situação pandémica.
"Aquilo que gostaria de transmitir aos portugueses é que tenham confiança. Vir votar é seguro, estão criadas todas as condições para essa segurança", disse Jerónimo de Sousa, poucos minutos depois de votar.
O dirigente comunista colocou o voto na urna às 11h25, na secção de voto 8, em Pirescoxe, no Pavilhão Desportivo do Agrupamento de Escolas de Santa Iria da Azóia, no concelho de Loures (Lisboa).
Questionado se antevê um aumento da abstenção face ao agravamento da situação pandémica nos últimos dias, o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP disse que, "muitas vezes se exercita e se abusa do princípio do medo".
No entanto, contrapôs, as condições "no plano técnico e logístico têm valor, e, nesse sentido, as pessoas devem ter segurança, foram tomadas medidas especiais, mesmo para aqueles que estão em isolamento".
Jerónimo de Sousa acrescentou que os níveis de abstenção "têm sido altos, excessivos", mas é preciso aproveitar "o bom tempo, já que não chove, infelizmente, para encher este ato democrático".
"A vida não pára. As eleições estão a realizar-se, vai haver uma nova Assembleia [da República], enfim, um mundo de tarefas que se vão colocar, cá estarei para aquilo que o partido entender", completou.
As assembleias de voto para as eleições legislativas abriram às 8h00 de hoje em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19h00.
Podem votar para as eleições legislativas antecipadas deste domingo 10.820.337 eleitores, mais 9.808 do que nas anteriores legislativas, em 2019.
No total, são eleitos 230 deputados à Assembleia da República, de onde sairá o XXIII Governo Constitucional.
Em 2019, a taxa de abstenção atingiu o recorde de 51,43%, comparando com os 8,3% nas eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975, ou os 16,4% das primeiras legislativas, em 1976.
A legislatura atual, que terminaria apenas em 2023, foi interrompida depois do "chumbo" do Orçamento do Estado para 2022 ter gerado uma crise política que levou à dissolução do parlamento e à convocação de eleições antecipadas.