Era o terceiro nome que faltava indicar por parte do PS. António Sampaio da Nóvoa é, sabe a Renascença, o nome escolhido pelos socialistas para integrar o Conselho de Estado, o órgão político de consulta do Presidente da República.
O nome de Sampaio da Nóvoa, exonerado há menos de um ano de embaixador de Portugal na Organização para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) por limite de idade, junta-se assim aos nomes que já estavam dados como certos, o do presidente do PS, Carlos César, que se mantém, e o histórico socialista Manuel Alegre que volta a integrar o Conselho de Estado.
Tal como já era previsível, o PS deixa de fora das escolhas os antigos parceiros de esquerda, e saem o ex-líder bloquista Francisco Louçã e o antigo dirigente comunista Domingos Abrantes.
São estes dois nomes que Sampaio da Nóvoa e Alegre vão substituir, sendo que até agora foi impossível contactar qualquer um deles – incluindo Carlos César, que está neste momento em Cabo Verde para participar no Congresso do PAICV, em representação da direção nacional do PS.
O nome de Sampaio da Nóvoa chegou a ser dado como provável para o novo elenco do Governo de António Costa, depois de ter participado de forma ativa na campanha eleitoral para as legislativas deste ano.
Em janeiro, num comício em Almada, o antigo reitor da Universidade de Lisboa, responsabilizou "certos partidos" pela crise política e de pensarem "mais em si do que no país" e assim "perdem-se os partidos e perde-se o país”, numa crítica explícita ao Bloco de Esquerda e ao PCP pelo chumbo do Orçamento do Estado (OE) de 2022.
PSD mantém tabu sobre órgão com “uma importância muito reduzida”
Rui Rio continua a não querer adiantar os nomes que serão indicados pelo PSD para o Conselho de Estado e já esta sexta-feira considerou que se está a fazer “um cavalo de batalha” sobre um órgão político de consulta do Presidente da República com “uma importância muito reduzida”.
O líder do PSD foi questionado se a direção do partido já decidiu se vai querer manter-se naquele órgão, bem como indicar de novo o militante número um do partido, Francisco Pinto Balsemão, e respondeu com a garantia que ainda não pensou em nomes nem para o Conselho de Estado nem para mais nenhum.
A resposta ainda se tornou ainda menos clara quando Rio foi questionado se exclui indicar o seu nome, sendo que deixará a presidência do PSD em julho, respondendo que "à partida não excluo nada e excluo tudo, tenham calma, tem a importância que tem”.