A medida, conhecida no mundo dos negócios como “pílula de veneno”, pretende dificultar a compra de mais de 15% das ações do Twitter por Musk, que já detém 9% do capital.
O Twitter tornou pública esta decisão um dia depois de Musk, o homem mais rico do mundo, ter oferecido 43 mil milhões de dólares (39,7 mil milhões de euros) por aquela rede social e ter ameaçado vender todas as ações que detém na empresa se a oferta pública for rejeitada.
De acordo com um comunicado da empresa, o conselho de administração adotou, por unanimidade, um “plano de direitos”, que “tem o objetivo de que todos os acionistas obtenham o valor total do seu investimento no Twitter”.
“O Plano de Direitos reduzirá a probabilidade de qualquer entidade, pessoa ou grupo obter o controlo do Twitter através da compra no mercado aberto sem pagar a todos os acionistas o prémio devido pelo controle acionista ou sem dar ao conselho de administração tempo suficiente para tomar decisões informadas e realizar ações que defendam os interesses dos acionistas”, explica o texto.
Esta medida, que é considerada legal e expira num ano, não significa que o conselho não possa aceitar ou contemplar uma proposta de aquisição da empresa, especifica a mesma nota informativa.
Após receber a oferta de Musk, na quinta-feira, o Twitter já disse que precisava de analisar a proposta e levantou o uso desta chamada “pílula de veneno”, segundo o jornal The Wall Street Journal.
Enquanto isso, o bilionário sul-africano admitiu que tinha um “plano B”, caso a sua oferta fosse rejeitada, e insistiu que tem ativos suficientes para financiar a compra, para que possa realizá-la caso o conselho do Twitter não aceite as suas condições.
Com esta proposta de aquisição, Musk está a oferecer 54,20 dólares por ação, o que representa um prémio de 54% sobre o preço do título no fecho do mercado a 28 de janeiro, um dia antes de começar a investir no Twitter.
Da mesma forma, supõe um prémio de 38% em relação ao preço das ações um dia antes do seu investimento na rede social ser anunciado publicamente.