O cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) às eleições legislativas da Madeira, Nuno Morna, esteve hoje na universidade da região para defender que é preciso tomar medidas que evitem que os jovens tenham de emigrar.
"Tudo temos de fazer para manter a nossa juventude connosco. Os nossos jovens acabam os cursos e emigram porque não têm condições de vida na Madeira que lhes permitam fazer face àquilo que qualquer pessoa deseja, que é constituir família, ter a sua casa, investir na sua formação", afirmou Nuno Morna.
A candidatura da IL às regionais de domingo esteve hoje na Universidade da Madeira, numa iniciativa de contacto com os estudantes universitários no âmbito campanha eleitoral para as regionais de domingo, que hoje termina e que contou com a presença do líder nacional do partido, Rui Rocha.
Nuno Morna, que é também coordenador do núcleo regional da IL, sublinhou que é "imprescindível" que se olhe para a saída dos jovens da região "com olhos de ver" e perspetivando soluções.
Antes, o partido fez questão que Madalena, estudante e número quatro da lista do partido, dissesse algumas palavras.
Madalena realçou que o futuro dos jovens "é um bocadinho incerto", elencando algumas das principais dificuldades que enfrentam: o primeiro emprego, a carga fiscal e o acesso à habitação com "preços exorbitantes".
Por isso, defendeu, "é importante baixar os impostos" para dinamizar a economia, criar emprego e dar aos jovens a opção de poderem permanecer na ilha.
O líder da IL, Rui Rocha, considerou que a Madeira tem condições para baixar a carga fiscal, mas, para isso, é "muito importante" que o partido tenha representação no parlamento regional depois das eleições de domingo.
Rui Rocha defendeu que só a Iniciativa Liberal será capaz de desafiar o PSD a baixar a carga fiscal na Madeira, realçando que o partido apresenta "uma proposta positiva de construção", que "não é puramente destrutiva, de crítica pela crítica".
Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
A Iniciativa Liberal concorreu pela primeira vez a eleições regionais da Madeira em 2019, não tendo conquistado qualquer mandato. O partido estabeleceu agora como objetivo eleger dois deputados.