O neonazi Mário Machado, que foi autorizado por um tribunal a deslocar-se à Ucrânia por razões "humanitárias", regressa a Portugal na sexta-feira, disse à Renascença o advogado José Manuel Castro.
Mário Machado ficou dispensado das medidas de coação de apresentações quinzenais às autoridades, uma decisão que levantou polémica.
Em declarações ao programa Em Nome da Lei da Renascença, que vai ser transmitido no sábado, José Manuel Castro, o advogado de Mário Machado, garante que o seu cliente não tem qualquer intenção de integrar as milícias de extrema-direita na Ucrânia.
De acordo com José Manuel Castro, o militante neonazi não equaciona integrar a legião estrangeira criada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, até porque isso exigiria que assinasse um contrato por um ano.
Uma juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa deu autorização a Mário Machado para se deslocar à Ucrânia, sem ter de cumprir as apresentações quinzenais a que está obrigado, no âmbito de um processo por incitamento ao ódio racial, dando razão ao seu argumento de que vai em ação humanitária.
No Em Nome da Lei da Renascença, o advogado José Manuel Lemos diz não perceber tanta polémica. Afirma que, quando Mário Machado pediu à juíza Catarina Vaz Pires para suspender a medida de coação, apenas admitiu usar armas em sua legítima defesa, não para combater.