A Rússia prometeu, durante as negociações de paz desta terça-feira, reduzir "radicalmente" as operações militares em Kiev e na cidade de Chernihiv, no Norte da Ucrânia. A notícia é avançada por várias agências noticiosas, como a russa TASS e a francesa France Press.
Segundo o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin, Moscovo decidiu reduzir os combates naquelas regiões com vista a criar as condições para o diálogo.
Por seu lado, a Ucrânia propôs um estatuto de neutralidade com garantias internacionais para a proteger de ataques. Os negociadores ucranianos disseram ter proposto um estatuto sob o qual o país não se juntaria a alianças ou hospedaria bases de tropas estrangeiras, mas teria a sua segurança garantida em termos semelhantes ao "Artigo 5.º" da NATO (a cláusula de defesa comum).
Tal segurança deverá ser providenciada por Israel e pelo Canadá, a Polónia e a Turquia (Estados-membros da NATO).
As propostas incluiriam ainda um período de consulta de 15 anos sobre o estatuto da Crimeia, anexada à Rússia, e só poderiam entrar em vigor no caso de um cessar-fogo completo, avançaram os negociadores ucranianos aos jornalistas em Istambul e citados pela agência Reuters.
O negociador sénior russo Vladimir Medinsky irá analisar as propostas ucranianas e reportá-las ao Presidente russo, Vladimir Putin.
As negociações na Turquia terminaram por hoje. Negociadores ucranianos e russos estiveram reunidos cerca de quatro horas, não havendo, para já, confirmação de uma nova reunião esta quarta-feira, segundo a agência Reuters, que cita fonte da embaixada da Ucrânia em Istambul.
Entre os esforços diplomáticos para pôr fim à guerra há mais um: o Presidente francês vai voltar a falar com o Presidente russo nesta terça-feira à tarde. Segundo o Eliseu, Macron e Putin têm conversa marcada para as 14h30.
Da manhã, nota para pelo menos três mortos na sequência do bombardeamento do principal edifício estatal de Mykolaiv, no Sul da Ucrânia. Teme-se, contudo, que o número de vítimas mortais possa subir, dado haver pessoas por resgatar dos escombros.
[Notícia atualizada às 14h00 com novas informações sobre as propostas russa e ucraniana]