Apesar de um parecer condicionado da Direção-Geral de Risco do banco público, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) emprestou, em 2009, 125 milhões de euros à empresária angolana Isabel dos Santos para comprar ações da ZON (atual NOS), sendo que parte das ações (2%) eram mesmo da CGD, enquanto as restantes pertenciam à ZON (4,57%) e à Cinveste (3,43%). A notícia é do Correio da Manhã.
Segundo o jornal, que consultou um relatório (tido como "confidencial") do Banco de Portugal (BdP) sobre o crédito concedido pela Caixa a Isabel dos Santos, a Direção de Risco recomendava que o mesmo fosse concedido por um sindicato bancário, para reduzir a exposição do banco público, o que acabaria por não acontecer. “Os fundamentos considerados para a concessão do crédito em apreço, assentes essencialmente nas garantias associadas por indisponibilidade de informação sobre a situação financeira do mutuário [Isabel dos Santos], não são compatíveis com uma prática prudente de concessão de crédito”, pode ler-se no relatório do BdP sobre o crédito à empresa Konto Holding Limited.
Pese embora o crédito devesse ter sido pago à CGD em sete anos – o que ainda não sucedeu –, em resposta ao Correio da Manhá, fonte próxima da empresária diz que o crédito estará “em dia” e que “grande parte até já foi amortizado".