Que mensagem passou? Mudanças?
"Jogo que queremos muito jogar, porque é o próximo. É legítimo que do outro lado esteja uma equipa que se quer superar, levar o jogo para o lado mais transcendental. [O Sintrense] É uma equipa que tem feito uma caminhada excelente a nível interno, não perdeu jogo nenhum até ao momento. Equipa bem trabalhada e bem orientada. Da nossa parte é levar o jogo para onde queremos, olhar para o adversário, respeitá-lo, ser humildes, querer muito ganhar e passar a eliminatória.
Quanto à equipa, mexidas ou não, veremos amanhã. Eventualmente algumas, uns que têm jogado mais se calhar vão continuar a jogar. Quem ficou cá, é verdade que muita gente diz que tem sempre alguma vantagem, eu, concordando com isso, não sou totalmente adepto dessa questão. Quem foi, dependendo do jogador que é, alguns estão cá há mais tempo e num dia conseguem apanhar aquilo que nós queremos, outros que não estão tão metidos no nosso sistema, podem ter mais dificuldade. É casar um bocadinho quem esteve e quem não esteve."
Estreia como treinador principal na Taça
“A primeira ideia que me ocorre é que não seja uma estreia como a da Liga Europa. Queremos muito jogar. A minha estreia é pouco importante, que seja a 22ª vitória consecutiva na prova, que seja o início de um caminho que queremos chegar o mais longe possível e isso é chegar ao Jamor. Temos que fazer um percurso bem cimentado, com passos seguros, sabendo que há uma eliminatória de cada vez para passar.”
Mexidas que não resultaram com o Bodo/Glimt
"Na cabeça dos jogadores isso não estará. Há jogos e jogos, depende sempre do contexto. Depende como o Sintrense se vai apresentar, há uma série de variáveis que temos de perceber antes de lançar o jogo. Percebendo quem esteve durante a semana, quem pode agregar mais neste momento olhando para o adversário e de que forma o podemos contrariar. Quem esteve cá tem sempre uma ligeira vantagem. A partir daí, depois pode haver um ou outro que vem da seleção e tem entrada direta no onze. Amanhã sabemos, mas obviamente que na minha cabeça está o onze que vai iniciar, sabendo que do outro lado estará uma equipa que vai olhar para este palco para se transcender, que vai buscar forças onde elas parecem não existir. Temos de dar uma forte resposta enquanto equipa."
Situação dos centrais
"O Tiago [Djaló] e o Otávio estão aptos para ir a jogo amanhã, qualquer um deles pode jogar. Estão na lista e estão elegíveis. Podem entrar de início, podem começar a partir do banco. o Tiago tem feito o trabalho dele, tem-se adaptado bem aquilo que são as ideias, é um jogador de tenra idade que já tem experiência acumulada para trás. Quanto ao Otávio, aqui ninguém tem carimbos de descartáveis, ninguém lhes atribui um sele de não contarmos com o jogador. São fases, ciclos. Tentamos potenciar ao máximo um ciclo positivo e tentamos, quando não está tão bem, guardá-lo e protegê-lo. O Otávio terá que maturar os comportamentos dele, tem um potencial gigante para ser um dos grandes centrais na Europa, é a minha profunda convicção, não o digo de animo leve. Mas tem que maturar muito daquilo que são os seus comportamentos, perceber em determinado momento o que o jogo lhe está a pedir. Tem feito essa aprendizagem e o que mais me agrada é essa recetividade dele para poder crescer. Enquanto ele tiver esse tipo de aceitação é alguém com quem podemos contar. É alguém que no balneário obriga os outros a andar sempre a um nível muito alto, isso para mim é decisivo."
Samu sair em janeiro?
"Em relação ao Samu, tudo o que é passado não recuperamos. Está passado, vivido... O futuro não conhecemos, é desconhecido para todos. Por isso que temos que viver o presente, é isso que eu quero. Que o Samu viva o presente, que se agarre a ele e o viva com total sentimento, muito metido no jogo dele e nas ideias da equipa. Que tenha esse lado mais adaptativo, de ser moldável, de vestir uma pele diferente dependendo do que o jogo precisa, não ser só o Samu goleador que agora toda a gente vê. E ele tem isso. Não me tem dado provas de não poder contar com ele, está muito metido naquilo que é o trabalho."
Caso dos emails
"Temos um presidente que, sem tendo falado com ele mas das convicções que reiteradamente me passa, quer fazer destes casos de corrupção uma bandeira, não me cabe a mim interpretar e nem me fica bem. Em relação ao Benfica muito menos, tenho que perceber o que se passa na minha casa, e em minha casa falo nos jogadores”.