Um ano depois de se saber que será Lisboa a acolher a próxima Jornada Mundial da Juventude em 2022, o Comité Organizador Local (COL) faz um balanço positivo do primeiro ano de preparação do evento.
D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa e responsável pela logística, garante que há muito trabalho feito. “Constituímos sete equipas de trabalho, com vários sacerdotes e um número imenso de leigos, que tem vindo a trabalhar nas áreas mais diversas: da logística, do acolhimento, da parte financeira, da parte pastoral. Temos vindo a fazer um trabalho também de captação de voluntariado, e também o diálogo com as autoridades: a presidência da república, o Governo, vários ministérios, a Câmara de Lisboa a câmara municipal de Loures. Todas as entidades têm colaborado uma maneira muito entusiasta”, avança o mesmo responsável, garantindo que “o trabalho está a ser realizado e é muito visível”.
Um hino e um logotipo para começar a comunicar
Garantindo que a preparação do evento está a decorrer no timing certo. D. Américo Aguiar fala das “ferramentas fundamentais” para a comunicação do evento: o hino e o logotipo.
Nesta altura ainda decorre a seleção dos vencedores dos concursos, já que só para o símbolo gráfico das JMJ foram recebidas centenas de candidaturas de 30 países dos cinco continentes. “Essas centenas de candidaturas foram reduzidas a 21. Tivemos uma equipa da Universidade Católica Portuguesa que fez a triagem, a escolha e a avaliação das candidaturas, e agora o grupo dos magníficos é constituído por 21 candidaturas, que estão a ser trabalhadas e vão ser avaliadas por profissionais da área do marketing , da comunicação e das agências de comunicação, e também jovens que vão ser chamados a pronunciar para a escolha do logo vencedor”.
O concurso que irá escolher a canção oficial da JMJ também foi muito participado. “O hino era só destinado aos portugueses e tivemos mais uma centena de candidaturas, que também estão a ser avaliadas. É mais difícil porque estamos a falar da letra e da música, e foi preciso pedir a profissionais, quer de letra quer de música, para nos ajudarem à melhor escolha. Mas são duas ferramentas fundamentais para a propaganda em volta daquilo que será o trabalho destes dois anos e meio até ao verão de 2022”, sublinha D. Américo Aguiar.
Os vencedores das duas competições deverão ser divulgados em breve, tudo indica já em fevereiro.
Entrega do ícone e da Cruz das JMJ em abril
O COL está também empenhado na preparação da peregrinação para a entrega dos símbolos da JMJ, que irá decorrer em Roma no próximo Domingo de Ramos, dia 5 de abril.
O responsável pela logística das JMJ explica que a partir dessa altura é que passará a haver mais divulgação do evento. “Vamos começar a estar mais presentes junto dos portugueses, através dos media, através de todas as redes sociais, vamos ser capazes de começar a ter um partilha mais permanente, porque esse é o tempo recomendado, a partir do momento que o Papa Francisco vai entregar ao senhor Cardeal Patriarca de Lisboa e a todos os jovens” a cruz e o ícone das Jornadas.
Em Roma, a acompanhar D. Manuel Clemente, estarão centenas de jovens portugueses “de todas as dioceses de Portugal. Vão estar em Roma nesse domingo de ramos, vão receber a cruz, vão receber o ícone (de Nossa Senhora) e vão trazer esses símbolos para Lisboa para começarem uma enorme, uma grande peregrinação”, que passará pelos países de língua oficial portuguesa, por Espanha e “quem sabe, junto das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo inteiro”. Passará igualmente “por todas as dioceses portuguesas e terminando no verão de 2022, exatamente aqui em Lisboa, onde decorrerá a Jornada Mundial da Juventude”, refere D. Américo Aguiar.
Voluntários precisam-se
Segundo o Comité Organizador, o cariz universal da JMJ tem despertado o interesse de voluntários de toda a parte. “Temos sido contactados por jovens do mundo inteiro que querem fazer voluntariado, uns imediatamente, outros mais em cima da data da Jornada Mundial da Juventude. Através do site e das aplicações que surgirão será fácil a cada jovem poder disponibilizar-se para ser voluntário”, afirma D. Américo Aguiar, que esclarece que não são só os mais novos a poder colaborar. “Dou um exemplo: vamos precisar de muitos voluntários que façam traduções. Há muitas pessoas que estão numa fase da vida mais calma, até porventura aposentados, e que são profissionais da área da tradução ou viveram em países estrangeiros, e que podem ser magníficos voluntários a trabalhar com a organização”.
“Agradecemos, desde já, aos que vão ser voluntários e a todos aqueles que até esta data, neste ano, têm sido magníficos na disponibilidade, no empenho e na ajuda, porque a Jornada Mundial da Juventude só se concretizará, se formos capazes de estar todos disponíveis e cada um der o melhor de si”, sublinha ainda D. Américo Aguiar.
A notícia de que seria Lisboa a acolher a JMJ em 2022 foi conhecida a 27 de janeiro de 2019, durante as Jornadas no Panamá.
O Comité Organizador Local (COL) criado para o evento é presidido pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e coordenado por D. Américo Aguiar (setor logístico-operativo) e D. Joaquim Mendes (área pastoral).