Eleições no Reino Unido. Costa admite que maioria de Boris será um “alívio” para a UE
13-12-2019 - 01:12
 • João Pedro Barros com Lusa

Primeiro-ministro está convencido de que o Brexit vai finalmente ser concluído, porque "vai haver uma maioria no Parlamento britânico que possa aprovar o último acordo" negociado entre Londres e os 27.

Numa primeira reação às projeções das eleições gerais desta quinta-feira no Reino Unido, que apontam para uma maioria confortável dos conservadores de Boris Johnson, António Costa admite que os resultados podem ser um alívio para a União Europeia.

“A ter de haver Brexit, ser devidamente acordado e negociado é um alívio, porque as consequências de uma saída desordenada para os cidadãos e empresas seriam extremamente negativos. O Brexit ser ordenado é uma boa notícia”, afirmou o primeiro-ministro português aos jornalistas, em Bruxelas, já na madrugada de sexta-feira.

As declarações, que foram feitas à saída do primeiro dia de trabalhos do Conselho Europeu, apontam para a possibilidade de os conservadores fazerem passar na Câmara dos Comuns o acordo de saída, uma das grandes prioridades de Boris Johnson desde que assumiu o cargo de chefe de Governo.

António Costa observou que todas as sondagens à boca das urnas indicam que haverá "um resultado claro" -- a vitória do Partido Conservador do primeiro-ministro Boris Johnson - e comentou que "com toda a probabilidade vai haver uma maioria no parlamento britânico que possa aprovar o último acordo" negociado entre Londres e os 27.

“Para já vamos aguardar pelo resultado final das eleições e ver se o Parlamento britânico aprova finalmente o acordo. Como se sabe já vamos no quarto acordo, espero que à quarta seja de vez”, reforçou.

Segundo uma sondagem comum divulgada na noite de quinta-feira pelas três estações televisivas britânicas BBC, ITV e Sky, o partido Conservador terá vencido as eleições legislativas no Reino Unido com uma maioria absoluta de 368 deputados.

Este número tornaria Boris Johnson no líder conservador com o melhor resultado eleitoral desde que Margaret Thatcher conseguiu eleger 376 deputados, em 1987.