Manuela Duarte Neves, assessora jurídica da Raríssimas, está chocadas com as acusações de ter deixado um rombo de 144 mil euros na Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) antes de se ter tornado a braço-direito de Paula Brito e Costa, a presidente demissionária da instituição dedicada às doenças raras.
A acusada diz-se vítima de perseguição da directora-financeira desde os tempos em que trabalhava na SPEM.
Segundo a edição de sábado do Jornal de Notícias, Manuela Duarte Neves teria também recebido de forma ilegal mais de dois mil euros mensais, até 2015.
Manuela Duarte Neves nega as acusações e explica que enquanto secretária-geral da SPEM não tinha poderes para praticar os actos de má gestão que lhe são imputadas pela directora financeira.
“Estou absolutamente chocada, devo dizer também que isto é um "dejá vu". Mas esta senhora persegue-me há vários anos sem que eu saiba porquê. Já tentou extinguir o meu posto de trabalho mas eu ganhei o processo. Vim embora. As acusações que me faz são falsas e não sei porque o faz”, afirma à Renascença Manuela Azevedo.
Manuela Duarte Neves deixou a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla em 2015 e foi trabalhar como assessora jurídica da Raríssimas.
Desde que se tornou pública a polémica sobre os comportamentos e actos praticados por Paula Brito e Costa, tem sido a porta-voz dos trabalhadores.
Por isso diz que o ataque que lhe fazem, é um ataque à instituição e aos seus funcionários. “É imoral envolver-me nisto, porque fazê-lo é envolver a Raríssimas que eu agora represento.”
Depois da presidente da Raríssimas, na sexta-feira surgiram notícias sobre má gestão do sua vice-presidente no Norte. E sábado o Jornal de Notícias faz manchete de alegados atos de má gestão práticos pela assessora jurídica, numa outra instituição.