Terceiro suspeito da morte do agente Fábio Guerra vai entregar-se
12-09-2023 - 18:06
 • Lusa

A garantia foi deixada pelo advogado. Clóvis Abreu está em fuga há mais de um ano.

Clóvis Abreu, suspeito da morte do agente da PSP Fábio Guerra em março de 2022, vai entregar-se às autoridades no sábado, após mais de um ano sem se apresentar à justiça.

A informação foi avançada na tarde desta terça-feira pelo Correio da Manhã, e confirmada entretanto à Lusa por Aníbal Pinto: "Confirmo que fiz um requerimento a dizer que vai voltar sábado e quer ser ouvido e apresentar-se voluntariamente".

Questionado sobre as razões para o "timing" desta decisão, que ocorre após o julgamento e condenação dos outros dois envolvidos - os ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko, a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente -, Aníbal Pinto sublinhou que o Ministério Público é que não respondeu ao pedido de Clóvis Abreu para ser ouvido.

"Aguarda resposta do Ministério Público. A razão é que ele pediu há mais de um ano para ser ouvido e nunca teve resposta. Agora vai voltar", afirmou, assegurando também não saber o paradeiro do seu constituinte.

Clóvis Abreu chegou a ser procurado, no final de março de 2022, também pelas autoridades espanholas, tendo a Polícia Nacional de Espanha emitido nas suas redes sociais um alerta com a fotografia do suspeito e apelando aos cidadãos que partilhassem qualquer informação que permitisse localizá-lo.

Clóvis Abreu é um dos suspeitos de envolvimento na morte do agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) Fábio Guerra, na sequência de agressões à porta da discoteca Mome, em Lisboa.

O agente da PSP Fábio Guerra, 26 anos, morreu em 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca Mome, em Alcântara, quando se encontrava fora de serviço.