Os estivadores realizam esta sexta-feira uma greve de 24 horas nos portos portugueses e anunciam novos protestos para o próximo mês.
O protesto desta sexta-feira é um gesto de solidariedade para com os trabalhadores “perseguidos nos portos de Leixões e Caniçal”, explica à Renascença António Mariano, presidente do Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL).
“Alegando que estávamos a incumprir o acordo assinado há algumas semanas, surpreendentemente, as empresas de Lisboa resolveram declarar que esse acordo ficava sem efeito e com uma agravante: são as mesmas empresas que, em Leixões e no Caniçal, estão a perseguir os nossos sócios”, acusa o sindicalista.
António Mariano diz que estes trabalhadores de Leixões e do Caniçal estão a trabalhar com cerca de metade do salário e garante que, em vários dos oito portos, a adesão irá chegar aos 100%.
“Nós representamos 530 trabalhadores nestes oito portos: Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal, Ponta Delgada e Praia da Vitória. A nossa perspetiva é que vão parar todos. Nestes portos, temos 70% a 80% dos trabalhadores. Nalguns portos, 100%”, adianta o presidente do SEAL.
O sindicato anuncia a convocação de um novo período de greve ao trabalho suplementar, a partir das 8h00 do dia 13 de agosto até às 8h00 do dia 10 de setembro.