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O gabinete do ministro das Infraestruturas remete todas as explicações sobre o atraso na reconstrução das casas afetadas pelo incêndio em Monchique, no ano passado, para o que Pedro Nuno Santos disse no Parlamento há um mês.
Na altura, o governante garantiu que situação estava a ser resolvida, embora reconhecendo a complexidade de algumas situações.
“Temos 29 famílias, sete já têm a sua situação contratualizada. Seis, como é por arrendamento, já estão efetivamente em casas arrendadas. Uma delas é para reabilitar – o contrato já está feito, a reabilitação não – um deles está em apreciação no IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana] neste momento e é por dias”, começou por apontar.
“Os outros dois precisam do aditamento no protocolo, porque desistiram de reabilitar e agora querem adquirir”, acrescentou na comissão de Agricultura e Mar, numa audição requerida pelo CDS.
Pedro Nuno Santos destacou que “a tarefa é mais complicada do que o que parece quando se conhecem os casos em concreto” e resumiu ainda: “Dez à espera de documentação, cinco em que a tarefa da autarquia ainda é um bocado mais complicada, porque vão ter de dar uma ajuda adicional na procura das equipas de projeto”.
A Renascença esteve por estes dias no terreno e constatou que, das 51 habitações afetadas por aquele que foi considerado o maior incêndio da Europa em 2018, apenas uma iniciou obras de reabilitação e nenhuma foi reconstruída.
Segundo o presidente da Câmara de Monchique, o maior problema é a falta de mão-de-obra. Há “obras que estão paradas exatamente porque não têm empreiteiros que as queiram fazer”, adiantou à Renascença.