A classificação do edifício STOP, no Porto é “boa notícia”, mas “não o fim da luta”, diz a associação de músicos.
Rui Guerra, líder da associação músicos STOP, admite em declarações à Renascença que foi surpreendido "positivamente" peloanúncio de Rui Moreira, em entrevista ao progerama "Hora da Verdade", de que o edifício do Centro Comercial Stop será classificado.
“É realmente muito bom porque mostra um certo interesse por parte da Câmara e por aquilo que realmente existe no Stop”, diz o músico.
“É uma boa situação para, pelo menos, nos tentar proteger um bocadinho daquilo que fazemos lá”, acerscenta.
Apesar do avanço positivo, Rui Guerra lembra que “ainda não é o fim da luta dos músicos”, porque "falta a garantia da nossa continuidade lá, com as condições mais ou menos atuais”.
Em entrevista à Renascença e ao jornal Público, o presidente da câmara do Porto, Rui Moreira anunciou que a autarquia vai classificar o edifício do centro comercial de forma a impedir “uma voragem especulativa”.
Rui Moreira adiantou que a câmara vai conseguir classificar “não apenas o uso, mas uma parte do edifício” do STOP evitando “a possibilidade de o espaço “vir a ser demolido e transformado num hotel”.
O STOP, que funciona há mais de 20 anos como espaço cultural, serve de “casa” a quase 500 artistas e lojistas.
O espaço viu a maioria das suas frações serem seladas pela autarquia em julho devido à falta de condições de segurança. Reabriu em agosto permanecendo aberto com um carro de bombeiros à porta depois dos proprietários terem avançado com uma providencia cautelar à decisão de encerrar o edifício.