Fernando Santos foi apresentado, esta terça-feira, como selecionador da Polónia, e declarou que, a partir de agora, é mais um polaco.

Em conferência de imprensa, o ex-selecionador português, que assinou contrato até 2026, salientou que a Polónia é um país com história e cultura "enormes, semelhante ao nível da sua seleção nacional".

"É uma equipa com muitos jogadores de qualidade, é uma das equipas que foram ao Mundial. Para mim é gratificante poder continuar a carreira de selecionador num país com tanta influência, com tanta qualidade. A partir de hoje sou polaco, sou um de vocês. Vamos fazer de tudo para dar alegrias ao povo polaco", afirmou.

Fernando Santos, de 68 anos, quer construir um legado ao serviço da seleção polaca: "Para mim, é muito importante fazer na Polónia o que tenho feito: quero deixar um legado aqui, algo para o futuro."

"O mundo do futebol está a mudar e eu quero construir as bases para um novo futuro da seleção nacional. Por isso quero viver aqui, conhecer a cultura e o modo devida dos polacos, ir aos estádios", acrescentou.

Dar tempo ao tempo, com "muita confiança"

O técnico português pediu "tempo" para começar a produzir resultados, contudo, também deixou uma "palavra de ambição, de muita confiança".

"Vão habituar-se a ver-me por aí. Não queria deixar de agradecer a forma como fomos recebidos, tanto eu como a minha equipa técnica. Quase nos sentimos em casa e rapidamente começámos a trabalhar e a pensar no futuro", salientou o novo selecionador polaco.

O secretário geral da Federação Polaca de Futebol (PZPN), Lukasz Wachowski, revelou que o contrato dura até 2026, pelo que contempla dois ciclos de qualificação - o Euro 2024 e o Mundial 2026.

"É bom para as duas partes", assegurou, pois está escrito de forma a "proteger os interesses" da PZPN e de Fernando Santos.

O primeiro jogo de Fernando Santos como selecionador polaco será a 24 de março, frente à República Checa, a contar para fase de qualificação para o Euro 2024. A Polónia está inserida no grupo E, também com Albânia, Ilhas Faroé e Moldávia. Apuram-se os dois primeiros.