OMS espera fim da pandemia de Covid-19 "em menos de dois anos"
21-08-2020 - 18:58

"A vacina será uma ferramenta vital, esperemos que tenhamos uma o mais rápido possível", lembrou o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou esta sexta-feira a esperança de que a pandemia da covid-19 acabe "em menos de dois anos", mas avisou que uma vacina, "ferramenta vital", poderá não existir tão rápido quanto desejável.

A ideia foi expressa pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em videoconferência de imprensa, a partir da sede da organização, em Genebra, na Suíça.

"A vacina será uma ferramenta vital, esperemos que tenhamos uma o mais rápido possível, mas não há garantia de que isso ocorrerá", afirmou, acrescentando que, por agora, o combate à propagação do coronavírus que causa a covid-19 tem de ser feito com outras ferramentas, como o distanciamento físico, a higienização das mãos e o uso de máscaras, e com "ajustes à vida diária".

Para Tedros Adhanom Ghebreyesus, se num mundo globalizado, em que as pessoas estão mais próximas umas das outras, o "vírus tem mais hipótese de se disseminar", também é nele que há "melhores tecnologias para o controlar".

"A nossa esperança é acabar com esta pandemia em menos de dois anos", disse, apontando as vacinas como as "ferramentas novas" para se alcançar esse fim.

O diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, lembrou ainda, apoiando-se na História, que os vírus respiratórios pandémicos se tornam sazonais com o passar do tempo.

"Esperemos que haja vacinas para controlar a pandemia", reforçou.

A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 793.847 mortos e infetou mais de 22,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.792 pessoas das 55.211 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se propagou rapidamente pelo mundo.