O secretário-geral da ONU e a Comissão Europeia condenaram, esta quinta-feira, o ataque russo com mísseis contra a cidade ucraniana de Vinnytsya que causou a morte a pelo menos 23 pessoas, incluindo três crianças, e causou mais de 100 feridos.
Numa mensagem transmitida pelo seu porta-voz, o secretário-geral da ONU manifestou-se "chocado" com o ataque russo que atingiu edifícios civis.
António Guterres "condena todos os ataques contra civis ou infraestruturas civis", referiu o porta-voz, citado pela AFP.
Em comunicado, a Comissão Europeia também condenou "nos termos mais fortes possíveis" os ataques da Rússia contra civis, incluindo o desta quinta-feira em Vinnytsya, que fica a 268 quilómetros da capital, Kiev.
"A União Europeia condena nos termos mais fortes possíveis estes contínuos ataques indiscriminados contra objetivos civis, incluindo hospitais, instalações de saúde, escolas e abrigos. Esta atrocidade em Vinnytsya foi a última de uma série de ataques brutais contra alvos e infraestruturas civis", refere a CE.
O comunicado está assinado pelo chefe da diplomacia da UE, Josep Borrel, e pelo comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, assinalando ambos que o exército russo está a deixar "um rasto de sangue na Ucrânia" e que milhares de civis "já foram mortos".
Apontando o "comportamento bárbaro da Rússia", o comunicado sublinha que a população civil ucraniana "continua a pagar um preço elevado nesta guerra devido ao desrespeito da Rússia pelo Direito Internacional Humanitário".
"Não pode haver impunidade pelas violações e crimes cometidos pelas forças russas e seus superiores políticos. Todos os responsáveis por essas atrocidades devem ser responsabilizados por suas ações, de acordo com o Direito Internacional", enfatizaram Borrell e Lenarcic.
Além de terem atingido edifícios civis, os mísseis disparados por um navio russo no mar Negro provocaram um incêndio que destruiu 50 automóveis que se encontravam num parque de estacionamento.