Não quis falar sobre atualidade, mas mostrou que vai estar atento ao chamado “congresso das direitas”. Pedro Passos Coelho, ex-presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, esteve esta terça-feira de manhã a assistir aos trabalhos da Convenção do MEL - Movimento Europa e Liberdade e promete seguir o encontro com atenção.
O antigo primeiro-ministro deu nas vistas, apesar de ser presença regular nestes encontros, como fez questão de frisar, elogiando a iniciativa.
“Eu vim assistir a esta convenção com muito interesse, como de resto fiz nas convenções anteriores. Há um espaço de debate e de liberdade que é muito importante de estimular e de promover no país. Pessoas com tanta experiência e sobretudo pessoas que têm tanto a dar ao país nas mais diversas áreas é sempre uma oportunidade a não perder”, afirmou em declarações aos jornalistas.
Passos, aliás, começou por reconhecer o interesse da comunicação social em ouvi-lo: "Deixem-me dizer uma coisa rápida, porque não gosto que andem atrás de mim, mas percebo o vosso interesse em ouvir alguma coisa da minha parte.”
O ex-primeiro-ministro diz que será impossível acompanhar presencialmente os dois dias de trabalhos, mas vai assistir a todos os que conseguir. "É difícil que eu consiga estar aqui dois dias inteiros, porque não tenho essa possibilidade. Estarei tanto quanto possível a assistir aos trabalhos e no caso do dr. Rui Rio, ainda para mais que é o presidente do PSD, terei muito gosto em ouvi-lo", afirmou Passos Coelho, que foi aplaudido na sala quando o professor Adelino Maltez lhe fez referência.
A convecção do MEL decorre terça e quarta-feira em Lisboa e conta com a participação dos líderes de todos os partidos à direita do PS e até de socialistas, como Sérgio Sousa Pinto e Álvaro Beleza.
A participação do presidente do PSD, Rui Rio, que encerra a convenção, não é consensual dentro do próprio partido, devido a estar ao mesmo nível de André Ventura, líder do Chega.