O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou começar uma guerra contra o Partido Democrata se este utilizar a maioria conquistada na Câmara dos Representantes para começar uma investigação contra si.
Numa conferência de imprensa em que o Presidente norte-americano até começou por elogiar a situação - após as intercalares, cada um dos dois partidos controla uma das duas câmaras do congresso - Donald Trump não deixou de abordar a possibilidade dos democratas iniciarem uma investigação e disse que, caso os sues opositores decidam fazer isso, a sua postura será "muito diferente".
"Se eles fizerem isso, a minha postura será uma postura de guerra", prometeu o Presidente dos Estados Unidos, que lembrou que, apesar de tudo, os Republicanos mantêm o controlo da câmara alta - o Senado.
Perante as questões colocadas pelos jornalistas, Donald Trump repetiu a ideia de que ninguém do governo russo falou com a sua campanha e voltou a negar a possibilidade de publicar os documentos referente aos impostos pagos. "Já vos disse, eles [os documentos] estão sob auditoria. São extremamente complexos. As pessoas não os iam perceber", acrescentou.
A vitória democrata nesta câmara abre uma janela de oportunidade para que estes abram processos contra o Presidente que, em última instância, podem levar à sua destituição. É ali, na câmara baixa do Congresso, que qualquer processo de 'impeachment' tem início e basta uma maioria simples para que este avance. No entanto, dali o processo segue para o Senado, onde são precisos dois terços de votos contra Trump para que a destituição avance.
Como é esta câmara que tem a responsabilidade de iniciar o processo legislativo, é também altamente provável que várias promessas eleitorais de Donald Trump, nomeadamente as mais controversas como a criação de um muro na fronteira com os México, nunca avance.