O Presidente do Iraque, Barham Salih, esteve este sábado no Vaticano, onde foi recebido pelo Papa Francisco.
Segundo uma nota enviada à Renascença pela sala de imprensa da Santa Sé, depois de uma audiência privada com Francisco o Presidente encontrou-se com o Secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin e com o secretário para as Relações com os Estados, o arcebispo Paul Galagher.
“Durante a conversa cordial foram referidas as boas relações bilaterais e as partes focaram os desafios que o país enfrenta atualmente, bem como a importância de promover a estabilidade e o processo de reconstrução, encorajando um caminho de diálogo e a busca de soluções adequadas para os cidadãos, com respeito pela soberania nacional”, lê-se.
Outro assunto abordado foi a importância de ajudar a preservar a presença dos cristãos no Iraque. Os cristãos chegaram a ser dois milhões no final do Século XX, mas desde a invasão americana e a deposição do regime de Saddam Hussein as dificuldades económicas e sucessivas ondas de perseguição levaram a esmagadora maioria a abandonar o país. Hoje, as estimativas mais otimistas apontam para cerca de 200 mil, mas podem ser ainda menos.
Precisamente na véspera da visita de Salih a Roma soube-se do desaparecimento, em Bagdad, de quatro funcionários de uma ONG cristã francesa que se dedica a trabalhar com os cristãos do oriente.
Os três cidadãos franceses, e um iraquiano, estavam em Bagdad para renovar os vistos e registar oficialmente a associação quando desapareceram perto da embaixada francesa. O grupo SOS Chretiens d’Orient disse que ainda não recebeu qualquer pedido de resgate pelos trabalhadores e que as autoridades de França e do Iraque estão a trabalhar em conjunto para os localizar.