FBI revela plano do Irão para matar Trump antes das eleições
08-11-2024 - 23:46
 • Lusa

Homem terá recebido ordens da Guarda Revolucionária do Irão para elaborar um plano para matar o agora Presidente eleito.

O Departamento de Justiça dos EUA avançou esta sexta-feira com acusações criminais numa conspiração iraniana frustrada para matar o Presidente eleito, Donald Trump, antes das eleições desta semana.

Uma queixa criminal apresentada no tribunal federal de Manhattan alega que um funcionário não identificado da Guarda Revolucionária do Irão instruiu um membro, em setembro passado, num plano para vigiar e, em última instância, matar Trump.

Se o homem, identificado como Farjad Shakeri, não conseguisse criar um plano antes das eleições, de acordo com a denúncia, o Irão iria suspender o seu plano por algum tempo, já que se acreditava que Trump iria perder as eleições presidenciais, tornando-se um alvo mais fácil de abater.

Shakeri disse ao FBI que não planeava propor um plano para assassinar Trump dentro dos sete dias solicitados pelo funcionário, de acordo com a queixa.

Este suspeito imigrou para os Estados Unidos em criança, mas foi deportado para o Irão em 2008, após um condenação por roubo. Shakeri estará atualmente a residir no Irão.

O enredo - cujas acusações foram reveladas poucos dias após a vitória de Trump sobre a democrata Kamala Harris - reflete o que as autoridades federais descreveram como esforços contínuos do Irão para atingir funcionários do Governo norte-americano, bem como outras figuras políticas, incluindo Trump, em solo norte-americano.

Durante a campanha eleitoral, o candidato republicano escapou a duas tentativas de assassinato.

O republicano Donald Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.

Trump segue também à frente da adversária democrata no voto popular, com 50,7% contra os 47,7% de Kamala Harris.

O Partido Republicano recuperou ainda o Senado (câmara alta da Congresso) ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes (câmara baixa) os últimos dados indicam que se encontra igualmente na frente no apuramento, com 211 mandatos, a apenas sete da maioria.