O Ministério Público (MP) abriu uma investigação André Ventura e Pedro Pinto, do partido Chega, por incitamento ao ódio e à violência, avançou esta sexta-feira a CNN Portugal e confirmou a Renascença.
Também foi aberto um inquérito ao assessor do Chega, Ricardo Reis.
Em causa estão declarações na sequência da morte de Odair Moniz por um agente da PSP, na Cova da Moura, e dos tumultos na Grande Lisboa.
A notícia é avançada depois de um grupo de cidadãos, entre os quais a ex-ministra da Justiça Francisca Van Dunem, apresentar uma queixa-crime contra o presidente do Chega, André Ventura, e o líder parlamentar, Pedro Pinto.
O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, declarou que se as forças de segurança "disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem".
Também o presidente do Chega disse sobre o agente da PSP que baleou Odair Moniz: "Nós não devíamos constituir este homem arguido; nós devíamos agradecer a este policia o trabalho que fez. Nós devíamos condecorá-lo e não constitui-lo arguido, ameaçar com processos ou ameaçar prende-lo".
O assessor do Chega, Ricardo Reis, declarou nas redes sociais que a morte de Odair Moniz era "menos um eleitor do Bloco".
Para este sábado, estão marcadas duas manifestações em Lisboa. Uma foi convocada pelo movimento Vida Justa para pedir justiça para Odair Moniz e outra pelo Chega em defesa dos polícias.