O presidente do FC Porto, em declarações ao jornal "O Jogo", aconselha Luís Filipe Vieira a desligar-se do apoio de António Costa à sua recandidatura à presidência do Benfica.
Pinto da Costa considera que o primeiro-ministro "arrisca-se a ficar na história como o homem que asfixiou os clubes de futebol e matou as modalidades", por não permitir o regresso dos adeptos .
"Estamos na linha da frente entre os países com maior carga fiscal da Europa e mesmo sabendo que não temos receitas, por não ser permitido ter público, o Governo não baixa, nem suspende parcialmente os altos impostos que caem sobre os clubes", argumenta.
Nesse sentido, e respondendo à questão sobre que entendimento tem do apoio de António Costa a Luís Filipe Vieira nas eleições do Benfica, Pinto da Costa reforça que não sabe se será bom ter como apoiante "o responsável pela destruição e falência dos portugueses".
O dirigente portista, por outro lado, entende a decisão de António Costa porque a associação a Vieira, considera, "lhe dará popularidade". O presidente do FC Porto considera, ainda, nestas declarações ao jornal "O Jogo", que não sente que haja promiscuidade entre futebol e política, com uma exceção.
"Não sinto que haja essa promiscuidade. Raramente vejo políticos no futebol, tirando o camarote presidencial do Estádio da Luz. Nalguns jogos, parece que está a haver uma reunião do Conselho de Ministros. Se há promiscuidade, não é propriamente no futebol. Só ali", afirma.
António Costa integra a comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira às eleições do Benfica e já esclareceu que o faz na condição de cidadão e adepto do Benfica, e não como primeiro-ministro ou secretário-geral do PS.
A sua decisão, no entanto, gerou polémica e críticas, nomeadamente, de outros líderes políticos.