A Turquia afastou oito mil polícias de funções em todo o país, alegando que estes agentes estiveram ligados à preparação e execução da tentativa de golpe de estado da passada sexta-feira, e que terminou com 265 mortes.
A informação é dada por fonte oficial do governo à agência Reuters.
Esta é mais uma acção por parte do governo turco para desmantelar aquilo que chamam de “estado paralelo”, e que defendem que é liderado pelo religioso islâmico Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos da América.
Nos últimos dias, o Presidente turco, Tayyip Erdogan, decretou a detenção de seis mil pessoas e defendeu a reintrodução da pena de morte no país que havia sido abolida em 2002.
Tayyip Erdogan afirmou este domingo que não pode atrasar a aplicação da pena capital para punir os revoltosos que na sexta-feira à noite tentaram realizar um golpe de estado no país.
Falando para uma multidão que se concentrou junto à casa do governante, Erdogan disse ainda que vai discutir com os partidos da oposição a re-introdução da pena de morte.
Já esta segunda-feira, o partido pró-curdo já reagiu e garantiu que não vai apoiar esta medida no Parlamento.
União Europeia avisa
Também esta segunda-feira, a chefe de política externa da União Europeia, a italiana Federica Mogherini, avisou o governo turco de que não deverá dar passos na resposta à tentativa de golpe de Estado que firam a ordem constitucional no país.
“Fomos os primeiros, durante a trágica noite a dizer que as instituições precisam de ser protegidas”, defendeu Mogherini. “Não há desculpas para levar o país noutra direcção”, rematou.