O ministro da Administração Interna avisou esta terça-feira que a PSP “deve cingir as suas intervenções públicas a matérias da sua estrita competência operacional” sem nada dizer sobre se o diretor da polícia tem condições de continuar no cargo.
Numa audição na comissão de Assuntos Constitucionais, no parlamento, Eduardo Cabrita não disse se o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, tem condições para se manter em funções depois de se ter reunido, no domingo, com o Presidente da República, e ter afirmado que estava a ser preparada a fusão da PSP com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
No final da reunião, e sem ter ainda respondido à questão colocada por António Filipe, do PCP, por exemplo, o governante explicou ter tido conhecimento prévio do encontro de Magina com Marcelo Rebelo de Sousa, para entregar um livro sobre a história da Polícia de Segurança Pública.
“Já quanto às declarações à saída, os comentários em nome do Governo são públicos. A PSP deve cingir as suas intervenções públicas a matérias da sua estrita competência operacional”, avisou Eduardo Cabrita que, no domingo, demorou poucos minutos a reagir às declarações de Magina para dizer que uma matéria da importância de uma reestruturação de forças polícias não é anunciada “por um diretor da polícia”.
O ministro da Administração Interna anunciou hoje no Parlamento que a legislação sobre a restruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) será produzida em janeiro.